ALERTA: BRASILEIRO TEM MEDO DE DAR CERTO NA VIDA
Não podemos menosprezar de modo algum a nossa origem. Porque, do mesmo modo que existem doenças do corpo que atingem pessoas de um mesmo lugar, à maneira de uma epidemia, assim acontece em relação à determinada forma de perceber a realidade.
Existe um certo modo de você se instalar no mundo que pode ser compartilhado por pessoas que vivem na mesma cidade ou no mesmo país. No Brasil, o que há é um culto ao fracasso. Claro que isso não é declarado. Ninguém diz que é bom ser fracassado. Mas o posicionamento mental padrão, por essas bandas, faz com que a maior parte das pessoas seja, no fim das contas, fracassada.
E qual o vício mental responsável pelas pessoas daqui terem uma forte tendência ao fracasso? É justamente algo que parece prudência, parece bom-senso, soa como precaução, só que não é nada disso: é a mania de destacar os obstáculos.
Não que isso aconteça só no Brasil, mas somos especialmente portadores desse vírus mortal que é apontar, acima de tudo, os problemas. Na primeira roda em que você revela sua intenção de cursar medicina, alguém pondera que é difícil passar no vestibular, que você não vai ter dinheiro para as mensalidades etc. Se a idéia for botar o filho na escola, os super precavidos dirão que ele é muito novinho ainda. Se, ao contrário, você quiser tirar seu filho do colégio, lá vem a massa de gente dizendo que você não vai conseguir cuidar da sua carreira, que não vai ter mais tempo para nada, e muito mais.
O Brasil é fenomenal. As pessoas gostam de pose, querem parecer prudentes, por isso levantam todos os problemas antes de encontrar suas potências verdadeiras. Na verdade, essa postura esconde preguiça e mesquinharia mental. Quem levanta muito problema antes de ir ao combate é, no fundo, mesquinho: se esconde nos seus medos para não enfrentar a vida e vencer.
SEGURANÇA vs. FORÇA
Brasileiro lista contrariedades como se essa fosse a grande virtude. Quando elabora um plano de negócio, todas as ameaças e problemas são meticulosamente listadas e só servem de motivo para a paralisia: “Não dá pra fazer, é melhor passar num concurso para caixa do Banco do Brasil”. Nada contra concurso público, porém, em geral, o que está por trás é o medo endêmico do brasileiro de que as coisas podem dar certo.
Você precisa se curar deste pânico maldito de dar certo na vida. Não há problema algum em ganhar dinheiro, ficar bonito, forte e ser bem-sucedido. Nada demais acontece quando se chega lá – tirando que você vai ficar bem. No entanto, quando se aposta nas dificuldades, por “prudência”, vinte mil passos para trás são dados e a escolha recai na segurança de um carguinho público. Escolher o previsível paralisa, por medo, e mata o espírito.
Segurança nunca é a resposta. Sempre que você puder escolher entre segurança e força, escolha a força, ela vence a estabilidade. Quem tem mais dinheiro num assalto? Por definição, o mais rico é o assaltado. O ladrão é apenas mais forte que o mais rico. A força é o verdadeiro poder. A força verdadeira é o que move tudo, não a segurança e a estabilidade.
Pare com o cacoete mental de alimentar um medo generalizado. O medo vai levá-lo a construir um muro ao seu redor, e você vai perder. Todas as cidades que construíram muros foram destruídas, porque uma hora o inimigo fica mais forte. É o próprio muro que estimula o inimigo a ficar mais forte. Jamais aposte na estabilidade e na segurança. Prefira ser mais competente, saber mais e fazer mais.
Há um ditado francês ao mesmo tempo chocante e verdadeiro: “Se você quer que o medíocre pense diferente, mude-o de lugar”. Veja bem, todos nós somos medíocres. Portanto, se você se instala num lugar onde todo mundo fala de coisa que lhe paralisa, se só o que fazem é apontar os problemas de se fazer isso ou aquilo, pronto!, você não consegue realizar nada. Então, mude-se! Não conviva com idiotas. Isso não significa que só os iluminados devem estar ao seu redor. Não há gente iluminada disponível assim fácil. Mas existe gente que não fica falando a toda hora que tudo vai dar errado.
Só dá certo quem tenta. Só sai do estado de tristeza, depressão e miséria quem ganha força. Trata-se da única forma de sair do vício mental da coitadice.
O MAIS MEDÍOCRE DOS MEDOS
Conheci muita gente com vontade de empreender no mundo digital, e sabe qual o maior medo dessas pessoas? Que aqueles perfis com nomes bizarros fizessem comentários esdrúxulos nas postagens: “Você é muito narigudo, não concordo com você”. A pessoa se abala por causa da “Bruna Surfista 92”! No fim, até eu concordo: se você tem medo de uma anônima que entra na sua live para sacaneá-lo, então nem comece. Você não é digno de expressar a sua idéia e vender o seu produto.
Medo de desagradar é inaceitável. Sobretudo quando se considera alguém que sequer parou direito para lhe ouvir. No universo da internet, há uma imensidão de gente assim, sempre pronta a não lhe ouvir e, ainda assim, julgar o seu trabalho, a sua aparência, as suas atitudes. Não dá para concordar com alguém que se pauta levando esse tipo de gente em conta.
Mas o medo de desagradar também paralisa quem considera pessoas do seu convívio, principalmente os pais. Todos nós temos um papai e uma mamãe imaginários aos quais gostaríamos de agradar. Não se pode cair nessa também. Pai e mãe devem ser respeitados, honrados, acolhidos na velhice; deve-se rezar por eles, mas você tem de fazer a sua vida. Não será possível agradá-los em tudo.
Mesma coisa com irmãos, vizinhos, amigos… Não caminhe diante do medo de desagradar os outros. Em vez disso, recolha força, gere competência no seu ramo de atividade, aprenda a fazer melhor o que você faz todo dia. Comece a abrir a sua cabeça, não no sentido de ficar descolado, mas de estudar, pegar referências e ganhar agilidade mental. Assim você produz coisas significativas no mundo.
Só dá para admitir ter medo se uma arma estiver apontada para a sua cabeça. Assim, tudo bem, pare tudo que está fazendo porque sua vida está em jogo. Agora, por causa da menininha que lhe chama de feia? Não há meios de colocar as coisas para funcionar e todo mundo se agradar disso.
QUEM VENCE NO FINAL
Precisamos conquistar força física, força psíquica e força espiritual. Deste modo, ao mudarmos de lugar, não somos mais o medíocre do ditado. O fracasso tem de sair do nosso horizonte mesmo que algumas derrotas aconteçam no percurso, porque, acontecer elas acontecem, mas isso não significa que sejam o último capítulo da história.
A idéia é vencer para que no leito de morte você olhe e diga que chegou lá; não foi outra pessoa no seu lugar, foi você mesmo, com coração forte, sem vaidade, sem soberba, usando as contrariedades para construir aquilo que é importante de ser construído no mundo: uma personalidade íntegra.
Para isso, pare com essa idéia de fracasso. Do contrário, ela vai acabar derrotando você.
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