TRÊS PASSOS PARA LONGE DO ESTRESSE E DA ANSIEDADE

Já pensou em se livrar daquele olhar sempre negativo e carregado diante das situações corriqueiras da vida? Já vislumbrou um dia-a-dia sem a sombra do estresse e da ansiedade tampando a visão da decisão certa a se tomar, sem confusões e descontroles? 

Tenho certeza que sim.

Por isso venho mostrar como 3 hábitos simples podem trazer o que você quer. São hábitos que interferem num processo cerebral determinado, regulando-o e criando as condições necessárias para você não se perder nas obrigações cotidianas que todo mundo tem. 

O cuidado da casa, dos filhos, as obrigações do trabalho, a convivência com outras pessoas não podem ser motivos de desânimo e depressão. Existe solução para isso, então, vem comigo.

POR DENTRO DO CÉREBRO

Nosso cérebro é composto por várias partes, como todos sabem. Duas delas são conhecidas como córtex de avaliação e córtex emocional. Ambas são ativadas em circunstâncias específicas. Dessa forma, dependendo do acontecimento ao nosso redor e de como estamos por dentro, ativamos um ou outro córtex. 

Quando ativamos o córtex de avaliação, ganhamos a capacidade de julgar com mais calma e clareza a circunstância em que estamos inseridos. Se estamos mais ou menos calmos, num momento em que não há muita coisa ao mesmo tempo na cabeça, em que, por assim dizer, não estamos nervosos ou ansiosos, o córtex de avaliação é ativado.

O papel dele na nossa vida é importantíssimo. É o córtex de avaliação que faz com que a gente olhe para uma situação e consiga julgá-la com clareza, extraindo o que ela tem de oportunidade e o que tem de ameaça. Com ele em atividade, estamos bem inseridos na realidade da vida e tomamos a melhor decisão. 

Dito de outro modo, o córtex de avaliação nos proporciona um leque de opções, nos oferece uma espécie de cardápio de possibilidades. Ao contrário, quando ele desliga, é como se estivéssemos num túnel onde só uma saída se delineia: as outras possibilidades nem aparecem. Se o córtex de avaliação perde a dianteira, em geral tomamos uma única decisão: é como se não tivéssemos a possibilidade de fazer outra coisa. 

Quando entra na nossa cabeça um estado no qual estamos com medo ou reclamando muito, o córtex de avaliação vai saindo de cena e no seu lugar vem chegando o córtex emocional. E o que acontece? O córtex emocional existe para que uma decisão rápida seja tomada. Ele está instalado no cérebro para que não precisemos pensar muito. Por exemplo, se um leão entra na minha sala, eu não preciso avaliar a situação e pensar se ele é domesticado ou não, vou é abrir a janela e pular para fora. A minha única opção é fugir. 

Diante de uma situação de ameaça verdadeira, não tenho de deliberar muito. Nessa hora é bom que o córtex emocional só enxergue uma saída e me faça ir atrás dela. Com um leão na minha frente, não quero a atividade do córtex de avaliação me fazendo deliberar; quero o córtex emocional na dianteira me levando a tomar uma decisão imediatamente. 

SORRISO NA CARA E PEITO LIVRE DE RECLAMAÇÃO

Parando de reclamar, o córtex de avaliação toma a dianteira das suas decisões e você ganha tempo para aproveitar das situações como oportunidades de crescimento. As opções de luta ou fuga deixam de ser as únicas. No caso do leão, é óbvio que o melhor é fugir. Se isso não for possível, se por azar a janela emperra, o jeito é lutar, não há outra escolha. Só temos essas duas opções quando o córtex emocional está na frente. 

Num estado de reclamação habitual, o córtex de avaliação desliga e o córtex emocional é quem vai mandar no pedaço. Por exemplo, imagine que você decidiu ir a pé ao mercado para comprar iogurte. Chegando lá, o produto em questão está em promoção e você não quer perder a chance de gastar menos no mês. Se você for um reclamão, pode começar a se queixar por não ter vindo de carro, porque agora vai voltar para casa com sacola pesada na mão e blábláblá. Ao entrar nesse estado de reclamação, você desliga o córtex de avaliação e deixa o córtex emocional sozinho para lhe colocar na atmosfera de luta ou fuga. De pronto, você fica mais brigão. 

Reclamou? O córtex de avaliação deixa o espaço livre para o córtex emocional. Se a sua esposa liga nesse momento, você vai respondê-la dentro da lógica luta ou fuga e fica difícil não sair briga daí. Amamos nossa esposa, nosso marido, nossos filhos, a pessoa com quem trabalhamos ou convivemos, mas às vezes distribuímos patadas por todos os lados sem saber o porquê. Adoramos estar ao lado dessas pessoas, mas o contato constante com elas gera mais faísca que qualquer outra coisa. É triste mas é bem assim. 

O estado de reclamação habitual ou o estado de tensão, sem nenhum sorriso, deixam o córtex emocional sempre ligado, em detrimento do córtex de avaliação. Isso quer dizer que estamos sempre prontos para lutar ou fugir, como diante de um leão. Agora, a pessoa com quem você trabalha, o seu filho, o seu marido ou a sua esposa não são leões. Habitualmente, não é preciso lutar ou fugir deles. 

Por isso é necessário estar atento para não ficar num estado de estresse constante. Ter um sorriso no rosto e não reclamar é fundamental para isso. Mas além dessas duas atitudes, principalmente para os momentos de crise, há outras coisas que podem ser feitas. Uma delas é o que a psicologia chama de técnica do aterramento. 

QUE FAZER NOS MOMENTOS DE CRISE

Não é uma técnica milagrosa, mas funciona. 

A primeira coisa é estar ciente do estado de luta ou fuga: em muitas situações de estresse, você se enerva e só consegue lutar ou fugir. Por exemplo, suponha que a sua casa esteja desorganizada, há louça na pia, seu filho está meio doente, você não conseguiu ajudá-lo na tarefa escolar, nem sair para comprar o que estava faltando. Nessa mixórdia, seu marido liga e avisa que hoje vocês receberão visitas em casa. Pronto! Seu córtex emocional dispara e você fica prestes a estourar. 

Você vai ficar reativa, nervosa, querendo dar bronca, sem condições de lidar bem com o caso. Em pouco tempo, uma sensação de desesperança vai tomando conta do seu peito. Você percebe que, se lutar, vai perder; além disso, fugir não é uma opção. Só o que resta é dar vazão à tristeza e ceder a um tipo de depressão. E essas sensações todas começam a afetar também as pessoas ao seu redor: elas igualmente diminuem o tônus afetivo, entristecem e ficam nervosas. 

O que você precisa fazer, e aqui está o aterramento, é ativar rapidamente seus sentidos externos. Você vai prestar atenção neles. Ao fazer isso, o córtex emocional começa a dar lugar ao córtex de avaliação. 

No momento em que você percebe seu córtex emocional na dianteira, quando você começa a se desesperar, preste atenção em 5 cores e em 5 sons. É simples assim. Se você dá um comando fácil para o cérebro, direcionando-o a prestar atenção em algo simples, sem carga afetiva, o córtex emocional diminui e o córtex de avaliação aumenta. 

Então, primeiro você presta atenção em 5 cores. Depois em 5 sons. Na sequência, em 4 cores e em 4 sons. Não tem problema se forem as mesmas cores e os mesmos sons (se eles se repetirem). Depois, em 3 cores e em 3 sons. Até você não precisar prestar atenção em mais nada. Quando você presta atenção na última cor e no último som, uma chave é virada e o córtex de avaliação passa à frente do córtex emocional

Nesse processo, você desequilibra seu cérebro, e quando volta para a situação normal, consegue olhar para a pia cheia, para seu filho e para o compromisso noturno a partir do córtex de avaliação. Você vê oportunidades nas situações, não as encara apenas sob o prisma único de uma possibilidade dramática. As possibilidades diferentes vão pular diante dos seus olhos, e você não se afeta mais com aquilo. Ao não se afetar, não entra num estado de ansiedade e estresse, e não deprime. Consequentemente, você não comunica aquela carga negativa às pessoas ao seu redor. 

Com sorriso, não reclamação e aterramento, tudo flui com mais leveza. É fazer pra ver. 

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