CRÍTICA CONSTRUTIVA PORCARIA NENHUMA
Crítica construtiva é um grande disfarce para a inveja e a encheção de saco. Se você é o tipo de sujeito que sempre tem uma crítica construtiva na manga, tem sempre um comentário, um adendo, uma ideia “muito boa” para dar ao outro, pode ter certeza que você é um tremendo de um fracote invejoso.
Todo mundo que vem com esse papo de crítica construtiva tem de avaliar se não está sendo movido simplesmente por inveja. Antes de lançar a crítica, veja se primeiro não tem nada de bom para falar, se não é possível deixar o seu comentário genial para depois. Se você fosse tão genial assim, estaria gastando seu tempo na produção de alguma coisa boa, não ficaria enchendo o saco de quem está produzindo.
Toda família tem um maconheiro, cheio de ideias sociológicas e geniais, que vive criticando os primos por tudo que eles fazem. O papel do cara é incomodar quem está trabalhando. O sujeito ainda mora com os pais e desaprova em voz alta, aos quatro cantos, os primos que acordam cedo e fazem a coisa girar. Não tem nada mais estúpido que isso. Crítica construtiva é coisa de vagabundo que não tem o que fazer; na verdade, ela camufla uma inveja profunda.
Isso não quer dizer, de modo algum, que críticas não devem ser feitas, nem que eu não aceite crítica de ninguém, mas tem de ser de alguém que esteja por cima, que já tenha realizado algo significativo. Note também que crítica construtiva não tem nada que ver com ser educadinho. Um sacode bem dado de quem está por cima muitas vezes é o certo. O pessoal confunde polidez com senso de oportunidade. Você pode ser absolutamente polido e ainda assim ser um belo de um cretino. O nome disso não é educação, é covardia, porque o sujeito não consegue nem falar como um ser humano maduro com a outra pessoa. Há muita gente “educada” que só está querendo tirar a paciência das pessoas que critica.
PREOCUPAÇÃO SEM MEIO DE AÇÃO É EGOÍSMO
Se você é um sujeito que costuma fazer crítica construtiva, deixa eu lhe dizer claramente: Feche a sua boca! Use a energia que você despenderia para criticar seu primo, seu irmão ou seu vizinho para ajudá-los concretamente. Esqueça a crítica e ofereça uma solução. Só assim você mostra que está realmente preocupado com eles.
Preocupação, sem meio de ação, não passa de egoísmo. Jogar para a pessoa um problema para o qual você não pode oferecer nenhuma solução é um tremendo egoísmo, pois você vai ficar ali de consciência tranquila enquanto o outro se bate para resolvê-lo. Você só será capaz de realmente fazer uma crítica construtiva no dia em que tiver os meios de ação para resolver o problema da pessoa. Até lá, feche a sua boca. Isso lhe ajuda a se tornar uma pessoa mil vezes melhor.
Cole isto na sua testa: preocupação sem meio de ação é egoísmo. É uma total falta de compromisso com a melhora do outro. Quem vem com essa atitude, muitas vezes revestido de uma falsa polidez, deve ser barrado no ato. Se vierem para cima de você com esse papinho, “Olha, com todo respeito…”, para depois começar a tecer as críticas construtivas, não tenha pudor de dizer: “Não, não… não tenho respeito por você, não vem de treta, você quer só me colocar pra baixo”. Essa é a postura mais acertada.
Você tem todo o direito de não ouvir a pessoa. Afinal, o direito dela de emitir uma opinião idiota é proporcional ao seu direito de não ouvi-la. Não se preocupe que nisso não há arrogância nenhuma. Se a crítica não vem de alguém superior a você, não dê ouvido a ela. Ao fazer isso, você está exercendo um direito seu. Muita gente fica revoltada de você fazer isso, mas essa é a prova de que quem é arrogante é o crítico construtivo, que não passa de um egoísta que não sabe o seu lugar.
VERDADE CONHECIDA É VERDADE OBEDECIDA
Então, duas coisas: se você é um babaca que faz crítica construtiva, pare com isso!, se você é o alvo da crítica, banana pra eles!, não dê ouvidos.
“Crítica construtiva” é, na verdade, um eufemismo. O jeito certo de chamar o fenômeno é arrogância, soberba, falta de compromisso, fraqueza, covardia. Dá para dizer que crítica construtiva não tem consistência, não existe. O que existe são essas coisas citadas aí. Por isso que quem tem o costume da crítica tem de parar agora mesmo, porque está sendo tudo isso junto. Esse hábito destrói a personalidade: ela fica deformada e fraca. É isso o que acontece.
A crítica só é bem-vinda de quem é superior, de quem é mais experiente, se preocupa e tem meios de ajudar. Fora isso, o certo é mandar lamber sabão e virar as costas, sem medo de ser taxado de arrogante.
É hora de mudar. Agora você não tem mais o direito de se enganar nessa questão, porque verdade conhecida é verdade obedecida. Portanto, assuma este comprometimento vital: quando pensar em fazer uma crítica construtiva a alguém, pense cinco vezes mais em ajudar a pessoa, de verdade, sem cobrar nada em troca, já que, se está criticando, supõe-se que você esteja preocupado.
A palavra com força construtiva é só o Verbo de Deus. Quando o Verbo fala, a coisa acontece. Você, por acaso, é Deus? Basta você falar e tudo se resolve? Não e não. Então de que adianta você falar para o seu primo que ele deve ser mais assim ou menos assado? Não adianta! A sua palavra não estrutura o mundo.
A coisa com a qual você deve contar é só o seu braço. Ou seja, a sua força, o seu comprometimento, a sua disposição, a sua energia, essas coisas sim contribuem de verdade para a melhora de quem está ao seu redor. Coloque-as em operação sem gastar saliva tagarelando no ouvido alheio. Quem fala muito e não faz nada não serve para nada.
O verbo humano só tem uma força estruturante quando está amparado na ação. Se você ajuda as pessoas nos seus vários tipos de problemas, a sua palavra vai, com o tempo, adquirindo um peso maior; pode ser, a partir disso, que em algum momento o que você fale surta algum efeito positivo. Mas tudo estará fundamentado na abertura ao outro e na ação concreta que você exerceu, nunca numa crítica que de construtiva não tem nada.
Eu e você temos de lembrar disso todo dia. Nós que adoramos dar um pitaco corretivo na vida dos outros precisamos tomar vergonha na cara e nos darmos conta de uma vez por todas que ninguém está ligando para a nossa opinião. Ela não passa de lixo. Só vale o que está calcado na ação, no amor profundo, no comprometimento. Só tem valor aquilo que é feito perdendo-se o tempo pessoal, arriscando-se fama e honra.
Você e eu não passamos de crítico-lixo. Então, vergonha na cara para amadurecer e mandar às picas as críticas construtivas, nossas e dos outros. Precisamos é de ação, amor e comprometimento.
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