AS FACES DO AMOR QUE SÓ UM NÃO-GURU ENSINA

Se o elixir da alegria eterna estivesse nas minhas mãos, eu seria uma máquina de fazer gente feliz. Mas todo mundo sabe que há dias em que acordamos alegres e dias em que levantamos da cama não tão contentes assim. De todo modo, o que tenho a propor hoje não causa pouco efeito na sua vida. E efeito positivo. Daquele que todo mundo procura.

De fato, a prática do que vou indicar aproxima você da felicidade, tende a colocar no seu peito mais amor e esperança do que trevas e infortúnio, mas isso está relacionado à própria dinâmica do amor e da vida humana, não com um desejo de controle sobre a sua vida, próprio dos esquisitões portadores de segredos milenares. 

Vamos olhar para as 3 faces do amor. São faces que de modo algum se excluem. Pelo contrário, elas foram feitas para funcionar em conjunto. Se você for capaz de articular essas 3 faces dentro do seu coração, os seus dias tenderão a ser mais alegres que tristes. Isso eu garanto. Um dos problemas das pessoas que se entristecem facilmente e perdem a capacidade de amar é o aprisionamento a uma só dessas faces. É fundamental ser capaz de reconhecê-las e notar que a nossa vida se torna mais triste quando rejeitamos uma ou mais delas. 

1ª FACE: O AMOR AO QUE LHE FALTA

A primeira face do amor talvez seja a mais fácil de ser reconhecida, junto com ser uma grande fonte de frustração. Ela aparece quando nos esforçamos para obter algo que desejamos intensamente. Por exemplo, se você está desempregado e quer um emprego, você pensa nele o dia inteiro, planeja entrevistas etc.; mas quando conquista o tal posto de trabalho, só pensa em tirar férias. 

Todo mundo tem a experiência de amar ardentemente o que lhe falta. Essa é a primeira face do amor. É um elã: você olha para o que lhe falta e uma parte de você se inclina para o objeto, seja uma mulher, um objeto material ou uma capacidade intelectual. 

Mesmo assim, essa é uma face necessária, afinal, progredimos na vida mediante a capacidade de amar o que nos falta. Se não tenho essa ou aquela qualidade intelectual, corro atrás para conquistá-la; se não tenho dinheiro para viajar com minha família, me esforço para obtê-lo. 

O ponto é que, estando toda a sua vida orientada apenas para essa face do amor, o resultado é tristeza, frustração e cinismo.

2ª FACE: O AMOR AO QUE VOCÊ TEM

A segunda face do amor promete um pouco mais. Ela não é uma inclinação para aquilo que não se tem, mas um gozo daquilo que já foi conquistado. Tenho a minha mulher e não outra. Tenho os meus filhos e não outros. Tenho o meu carro e não o do vizinho. O desfrute que isso tudo me proporciona é o amor dessa face. 

Há certa sabedoria, que leva à felicidade, em desfrutar daquilo que já é nosso. Alegrar-se com o que já se possui é um dos princípios da gratidão. Porém, se a fixação na 1ª face do amor lhe torna um frustrado, a fixação na 2ª faz de você um acomodado. Você não progride e não conquista mais. 

Contentar-se diante daquilo que já se tem pode parecer um grande ato de humildade interior; todavia, no fundo, e na maior parte dos casos, é apenas um ato de acanhamento. O que parece uma virtude, quando vivido sozinho, não passa de desculpa e de fuga das almas acanhadas, diminuídas, retardatárias, que perderão esta vida e a próxima.

3ª FACE: O AMOR AO QUE ESTÁ NO OUTRO

Viver o amor dessas duas primeiras faces é insuficiente. Se você quer chegar mais perto da alegria, é preciso se voltar para a 3ª face. Aqui, não se trata mais de uma inclinação para o que lhe falta, nem para o que você já tem. Estamos falando de uma inclinação que busca dar suporte ao que falta ao outro e ao que ele já possui. 

Só terei motivos reais de estar alegre quando eu me instalar nesta vida com o olhar voltado aos outros, procurando ajudá-los a amar o que eles já têm e a alcançar o que lhes falta. Estou me referindo a todos ao nosso redor: a sua mulher, ao seu marido, aos seus filhos, aos seus amigos, ao mendigo que passa, ao garçom que lhe serve etc. Todo mundo que cruza nosso caminho é um ser que, por um lado, possui coisas e, por outro, tem uma carência dentro de si. 

Posso dedicar um mínimo de energia vital procurando o que me falta e gozando do que já tenho, mas o grande motivador, a articulação final é o olhar para o outro, para a pessoa que, independentemente de ser superior ou inferior a mim, é alguém que, como eu, tem uma carência profunda e tem também diversas posses. Na medida das minhas possibilidades, preciso, com uma palavra, com uma ação, ajudar o outro a se alegrar com o que ele já tem e a conquistar o que lhe falta. 

Esse é o caminho para você encontrar uma alegria diária que vai lhe dar o verdadeiro apetite pela vida. Não é coisa de guru, é coisa de vida como ela acontece. 

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